O nono álbum do Portugal. The Man, intitulado “Chris Black Changed My Life”, não é apenas uma coleção de músicas, mas uma ode à memória e à influência de um amigo querido. Com uma sonoridade que flerta com diversas influências, a banda do Alasca, agora radicada em Portland, Oregon, entrega uma obra que celebra a vida e a diversidade musical.
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Desde a abertura com “Heavy Games II” até o encerramento com um tocante solo de saxofone de Edgar Winter, o álbum nos guia por um universo de sons que mesclam o rock psicodélico, o gospel e o pop, com pitadas de rap e elementos experimentais. A faixa “Dummy” se destaca como um exemplo de como o Portugal. The Man é capaz de criar músicas cativantes e dançantes, que evocam a nostalgia dos anos 80 sem perder a sua identidade única.
Entretanto, nem todas as faixas atingem o mesmo nível de coesão. “Champ” parece se perder em sua própria ambição, com uma mistura desconexa de elementos que acaba prejudicando o fluxo do álbum. No entanto, é durante esses momentos de experimentação que a banda traz à tona questões importantes, como a necessidade de abolição de sistemas que marginalizam comunidades indígenas.
“Ghost Town” e “Plastic Island” mostram diferentes facetas da banda, desde o soul até o pós-punk, demonstrando sua habilidade em explorar uma variedade de estilos sem perder sua essência. Enquanto algumas faixas podem não se destacar como os maiores hits de 2023, o álbum como um todo oferece uma experiência musical satisfatória, repleta de momentos memoráveis.
Conclusão
Em última análise, “Chris Black Changed My Life” é um testemunho da evolução contínua do Portugal. The Man como artistas e como defensores de causas importantes. Seja através de sua música cativante ou de suas mensagens poderosas, a banda continua a deixar sua marca no cenário musical e social, provando que sua influência vai muito além das paradas de sucesso. Este álbum é uma jornada sonora e emocional que não deve ser perdida.
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