Do Trap ao Punk Rock no Palco Skyline passando pelo Rap e Rock do Palco The One, confira o balanço do Kolmeia sobre o que marcou os primeiros dias do evento.
Com ingressos esgotados, o The Town abriu os portões do Autódromo de Interlagos no dia 6 de setembro e deu início à sua segunda edição em grande estilo. O evento, que nasce com o DNA do Rock in Rio, transformou São Paulo na “Cidade da Música” e entregou uma maratona de apresentações que variaram do Trap e Punk Rock ao rap nacional, testando tanto a paixão dos fãs quanto a infraestrutura do Autódromo de Interlagos.
Foram 190 mil pessoas apenas no primeiro fim de semana, em uma maratona de experiências que misturaram música, arte e inovação. Logo na estreia, o público foi recebido com o balé aéreo do The Flight, que pintou o céu de São Paulo com aviões e pirotecnia diurna inédita. À noite, a estreia da The Tower Experience transformou o festival em uma celebração futurista, combinando música eletrônica, efeitos especiais e a narrativa do dragão Drahan.
Mamacita – Karol Konká Celebra 25 Anos com Estreia e Parcerias Potentes no Palco The One
Logo de cara, Karol Conká subiu ao palco The One no sábado (6) celebrando seus 25 anos de carreira, e apresentou um espetáculo que destacou a potência feminina no rap nacional. A apresentação contou com as participações especiais do seu filho Jorge Conjota, Ebony e Ajuliacosta, com quem Karol estreou seu novo single “Alquimia”, uma faixa que reverencia as mulheres que moldaram e continuam a construir a cena. Além de revisitar sua trajetória com uma produção visual e cenografia assinadas pela própria artista, o show serviu para anunciar uma nova fase em sua carreira, com um álbum de estúdio previsto para 2026.
“Irmão Mais Velho” do Trap: Filipe Ret Comanda a Ascensão da Cena no Palco Skyline
Abrindo as apresentações do palco Skyline neste sábado, Filipe Ret entregou um show intenso e cheio de sucessos de seus dois últimos álbuns “Nume” e “Nume Epílogo”, trazendo toda sua força da cena do rap nacional. O carioca também teve o trapper Alee como convidado e fez um set que explorou a mistura de estilos que marcam sua identidade artística.
Além disso, Filipe Ret deu uma entrevista para nossa correspondente Ana Paula no qual refletiu sobre seus 15 anos de carreira e como esse show é um marco que evidencia o momento de ascenção da cena de Rap e Trap vem passando nos ultimos anos.
Então o que a gente espera é continuar trabalhando, é seguir as fases, né? Aqui é mais um marco pra gente: trazer, resgatar, mostrar que a gente tem a galera do trap, tem a galera do rap, que a gente abrange a galera mais popular.
Acho que a carreira do Ret foi crescendo conforme a cena foi crescendo. O Ret ajudou muito a cena a crescer, e a cena ajudou muito o Ret a crescer. Então aqui é um Ret como o irmão mais velho dessa geração, talvez. Porque eu vejo os Racionais, o Marcelo D2, já como os pais do bagulho, tá ligado? Então eu me vejo como o filho deles e irmão mais velho dessa geração aí. – Filipe Ret, logo após o show do The Town 2025
Legado em Família: Ms. Lauryn Hill Emociona o The One com Performance Icônica
A noite de sábado no palco The One foi definida pela união de gerações da música urbana, com Ms. Lauryn Hill entregando uma das performances mais emocionantes do festival. Como headliner, a voz lendária do R&B e do rap comandou um espetáculo arrepiante, trazendo ao palco seus filhos, YG Marley e Zion Marley, netos do ícone Bob Marley. A apresentação, que contou com uma banda afiada e efeitos pirotécnicos impactantes, revisitou sucessos atemporais de sua carreira, incluindo faixas do histórico álbum “The Miseducation of Lauryn Hill” (1998), e encantou a plateia do início ao fim.
Energia Caotica no encerramento do primeiro dia no Palco Skyline
Como fazia um frio descomunal em Interlagos, somado a uma intercalação de garoa e chuva fraca, a missão de aquecer o público para seu padrinho musical, Travis Scott, Don Toliver entregou um show de trap melódico com forte influência do R&B no palco Skyline. A apresentação, focada no álbum “Hardstone Psycho” e sua estética inspirada em motocicletas, foi marcada por tanta empolgação que o público proximos as grades ficaram impressadas, forçando uma pausa de 20 minutos até que o rapper pedisse calma. Antes e depois do tumulto, Toliver demonstrou sua versatilidade artística, alternando entre a postura de um frontman de rock clássico e a silhueta de um popstar eletrônico.
E o ultimo ato, o tão arguardo show do trapper Travis Scott foi marcado por um misto de sentimentos pela plateia. Parte dos fãs literalmente se jogaram no ritmo do show, inclusive, acendendo sinalizadores, algo extremanente perigoso, enquanto outra parte, se decepcionou tanto pela energia do primeiro grupo, quanto pela falta de energia do proprio Travis em algumas partes do show, clima totalmente diferente de outros shows realizados no Brasil como as apresentações do Allianz Park e Rock in Rio 2023.
Já no domingo, o Skyline se entregou ao punk e ao rock. O Green Day fez sua estreia no festival com um show catártico, embalado por hits que atravessam gerações. No mesmo palco, Bad Religion, Bruce Dickinson e Capital Inicial reforçaram a potência da programação, deixando claro que o rock segue mais vivo do que nunca.
Um início que já é histórico
Com nota 8,9 de avaliação média do público logo no primeiro dia, o The Town 2025 mostrou que soube equilibrar grandes headliners, inovação tecnológica e experiências únicas.
E isso foi só o começo. A equipe do Kolmeia.net já está de olho no segundo fim de semana do festival, que promete ainda mais encontros históricos e apresentações inesquecíveis.