“Avatar – O Caminho da Água” é um exuberante retorno a um mundo totalmente novo.
Hoje, 15, estreia nos cinemas a aguardada sequência de “Avatar”, de 2009. “Avatar – O Caminho da Água”, chega aos cinemas 13 anos depois, mas com tanta bagagem que era incapaz de se pensar que poderia ser um épico tão importante. Mas é. E mais uma vez, James Cameron assina seu nome na história do cinema.
Eu poderia pedir para esquecer, mas ficaria completamente fora de contexto, então… lembre de tudo que você conheceu com os Na’Vis, Pandora e o mundo criado pelo diretor de “Alien, O Resgate”, de 1986. Isso se expande. E essa primeira sequência de “Avatar – O Caminho da Água” é sobre isso. Sobre expandir esse universo criado em prol do que ainda vai ser contado.
A segunda coisa que o filme valoriza como um dos principais fatores para o desenrolar da película, é a família. E esse é o ponto de partida das mais de 3 horas de filme. Jake Sully, agora um Na’Vi – ainda mais – convicto, quer a todo custo, proteger “o povo da floresta” e também a sua família, parte desse povo. Múltiplas tramas tem seu pontapé inicial, claramente para a continuidade da franquia. Fator que pode prejudicar o desenrolar de algumas histórias no filme atual.
Adição de novos personagens e tipos diferentes de Na’Vis
Jake e Ney’tiri agora tem 4 filhos. Neteyam, Lo’ak, Kiri (filha adotiva do casal) e Tuk, a caçula. Uma família onde cada um tem suas habilidades, e personalidades distintas, e esse é outro mote do roteiro para as histórias se desenrolarem em cima de sentimento, diretrizes, obediência e caráter que cada um tem. “Avatar” é um filme com adição de muitos personagens, apesar do retorno de alguns, é um filme de expansão. Então, conhecemos novos tipos Na’Vis.
O título remete ao Caminho da Água, que Jack, Ney’tiri e a família precisam percorrer, para proteger a sua família e encontrar maneiras cada vez mais inteligentes de enfrentar os perigos que Pandora enfrenta pelo povo da Terra. E é aí que percebemos o empenho de James Cameron, de não só contar, mas fazer que vejamos uma grande história. Com ótima participação de Kate Winslet, como a firme Na’Vi, Ronal.
E quando falamos em o que ver de novo em “Avatar”, Cameron conseguiu melhorar ainda mais a tecnologia que usa nos filmes. Tudo parece palpável e real demais. Os Na’vis parecem nem ter rostos de atores por trás, de tão excepcional que o diretor foi na sua realização. Inclusive na diferenciação entre as espécies. A parte técnica do filme, assim como no primeiro, é o ponto alto da história.
Blockbuster ou Experiência Visual?
Como não podíamos esperar outra coisa, de uma experiência tão marcante, conhecemos mais da Floresta, do povo do Recife, e ainda mais da conexão espiritual que “Avatar” nos recomenda constantemente. Principalmente através dos personagens, Kiri, vivida por Sigourney Weaver, no seu segundo personagem na trama, e Lo’ak, os novos protagonistas da franquia em um futuro bem próximo.
Como destaque nas atuações, temos além dos dois citados, Spider (Jack Champion). Um jovem humano que vive como Na’Vi, e tem uma trama de paternidade e aceitação que sua personagem tem com o – mais uma vez – ótimo General Miles. A Trilha Sonora do filme, é o único ponto em que ele não é tão original, mas sem comprometer a imersão no mundo criado pelo diretor de “Titanic” (1997).
Sequência prepara o terreno para os próximos 3 filmes
No geral, esse é um filme para fazer toda a franquia caminhar. Não um com história fechada, o que pode deixar muitas tramas em aberto, com a promessa de resolução em suas sequências. O fato de Jake e Ney’tiri estarem em segundo plano por alguns momentos, pode revelar que a grande história de “Avatar” possa ser conduzida por outros personagens até o final da franquia.
“Avatar – O Caminho da Água” é uma experiência obrigatória. Seja o primeiro, ou esse segundo filme, que consegue ter sucesso em ser melhor que seu anterior, justamente por ter um roteiro levemente melhor. Vemos personagens saírem mais fortes, mesmo com perdas e derrotas marcantes. Um roteiro que prepara o terreno para sequências que serão em um ritmo muito acima do filme atual. Vale muito a pena conferir, é um épico.