Essa semana estreia um dos filmes mais aguardados do ano. “Homem-Formiga e a Vespa 3 – Quantumania” debuta nos cinemas na próxima quinta-feira, 16, e tem a missão de iniciar a esperada Fase 5 do UCM. A Marvel se notabilizou por construir um universo completamente integrado, e agora, compartilhado com as séries do Disney Plus. E a história que a gigante do entretenimento pretende contar agora é sobre o Multiverso. Mas apesar da promessa de boas respostas, o filme que melhor desenvolveu o Scott Lang de Paul Rudd, deixou foi uma série de perguntas.
[[ALERTA DE SPOILERS A PARTIR DESSE PARÁGRAFO]]
Ainda que possamos pensar que é no filme que abre a Fase 5 da Marvel que encontramos explicações claras para o Multiverso, não é isso que vemos. Apesar de se posicionar muito bem sobre o Reino Quântico, o Multiverso, que fora abordado há quase 2 anos, em “Loki”, fica cada vez mais confuso.
Lang é um famoso autor e tem uma filha metida em problemas
O filme de Peyton Reed tem uma sequência inicial que nos premia com um pedaço do Reino Quântico, contando sobre um recorte importante do que foi vivido por Janet Van Dyne (Michelle Pfeiffer), enquanto presa no universo atômico: A Chegada de Kang. A partir daí entramos na primeira sessão de perguntas que o filme nos apresenta. Por quê Janet nunca falou sobre ter conhecido alguém como Kang ? Mas nada que mais 115 minutos da sétima arte consiga explicar, certo ? Errado.
Acabamos partindo para a Terra onde encontramos, no presente, um Scott Lang (Paul Rudd) que agora é um autor famoso após escrever um livro de memórias, segue sendo confundido com o Homem-Aranha e tem em Cassie Lang (Kathryn Newton), uma resposta de tudo que sempre foi: Imprudente e Ousado. Até por se ver na personalidade da filha, Lang acaba agindo com super proteção, mas encontra a verdade, quando descobre que Cassie, o Avô Hank Pym (Michael Douglas) e a mulher, Hope (Evangeline Lilly), estão trabalhando em uma maneira de conversar com o Reino Quântico, para desespero de Janet. E há essa altura, já sabemos o porquê.
O Filme mantém características das produções anteriores do Homem-Formiga
O filme tem o ritmo que Reed sempre imprime aos filmes do Homem-Formiga e da Vespa, descontraído, mas ainda consegue entregar uma boa história, mesmo que no Reino Quântico, o diretor tenha referências em Star Wars, dentre outras óperas espaciais setentistas e oitentistas. Reed nos apresenta um reino, como um mundo multiversal, onde existem colônias, diversas espécies diferentes, naves… e claro, um tirano. Chamado de O Conquistador. Ele mesmo, Kang. O filme caminha bem ao apresentar uma das versões mais poderosas do vilão da fase 5.
Jonathan Majors entrega uma interpretação segura, cruel, fiel e sentimental. Levemente diferente da versão que vimos em “Loki”, quando tínhamos o “Aquele que permanece” sem sentimentos e completamente orgulhoso. O Kang do filme de Scott e Hope, rapidamente, consegue o que quer e é onde se esperava que o Multiverso iria se expandir. Mas o segundo ato do filme, foca em derrotar Kang, e isso se consegue através de formigas gigantes (!), lideradas por Hank Pym.
As colônias se revoltam contra O Conquistador, e com auxílio das formigas, conseguem retomar o poder do Reino Quântico, saindo da opressão ditatorial imposta pelo viajante. Temos ainda a apresentação de um dos seres mais inteligentes do Universo da Marvel, o M.O.D.O.K., que nada mais é que o retorno do Jaqueta Amarela, o Darren Cross, vilão do primeiro filme do Homem-Formiga. O personagem inclusive é mal apresentado, por que acaba tendo um viés cômico, e é taxado como otário, até por ele mesmo. Os fãs vão torcer o nariz.
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Cadê o Multiverso, Marvel ?
No terceiro ato, e o último, temos Scott fazendo de tudo para salvar sua família, que tirando o próprio Scott e Cassie, nenhum outro se desenvolveu tão bem no filme, mesmo Michelle Pfeiffer e sua misteriosa Janet Van Dyne acaba sumindo no último ato da produção. Kang e Scott tem um confronto final, ideológico e sentimental, e o Homem-Formiga é salvo pela Vespa, que impede que o Conquistador surre o protagonista.
O que de melhor podemos tirar de “Homem-Formiga e a Vespa – Quantumania”, é a forma que foi mostrado e explicado como funciona pelo menos um dos universos que encontramos no Reino Quântico. O visual do filme é o ponto alto, e o CGI é absolutamente aceitável. A construção do filme é importante para Scott e Cassie, e de forma mais tímida para Hope, Hank e Janet. Mas o Multiverso, que era a grande promessa da produção, só é vista através de uma boa atuação de Majors e seu Kang, e é deixado ainda como expectativa, quando vemos Tom Hiddleston e Owen Wilson em uma das cenas pós-créditos, enquanto visitam o passado. Talvez, atrás do mesmo que nós ao sair da sessão do filme de Peyton Reed: Respostas.
Confira o trailer do filme que estreia na próxima quinta-feiras, nos cinemas: