Saber escutar faz toda a diferença
Durante o Rio2C, Monica Albuquerque, vice-presidente sênior de conteúdo e desenvolvimento da Telemundo Studios, revelou uma habilidade rara e valiosa no universo criativo: a capacidade de ouvir profundamente. Mais do que simplesmente escutar palavras, Monica enfatiza que é necessário entender os silêncios, perceber o caos e acolher as tensões de uma ideia em construção. Para ela, essa escuta verdadeira é o ponto-chave para que boas ideias possam ganhar força e se tornarem realidade.
O equilíbrio entre proteção e liberdade
Monica destacou que proteger uma ideia não significa controlá-la. Segundo ela, muitas vezes é necessário criar um espaço seguro onde a criatividade possa florescer, mas sem sufocar o processo. O segredo está em perceber quando é o momento de cuidar de uma ideia ainda frágil ou de desafiar aquelas que precisam de urgência para ganhar vida.
Estratégia e intuição podem coexistir
Outro ponto levantado por Monica Albuquerque foi sobre a tensão entre estratégia e intuição. Ela reforça que mudanças não devem assustar, pois são necessárias para o crescimento. Para ela, estratégias não podem ser rígidas; precisam ser adaptáveis diante da riqueza das ideias que surgem inesperadamente, garantindo que a criatividade não seja limitada por planejamentos engessados.
O papel crucial do criador
Monica explicou seu profundo respeito pelo papel do criador na indústria criativa. Na sua visão, criadores são peças essenciais que vivem uma intensa vulnerabilidade emocional. Sua função, portanto, é fazer a ponte, traduzir desejos criativos em estratégias concretas, facilitando uma comunicação clara entre artistas e executivos.
Desafios que sufocam a criatividade
Monica foi enfática ao apontar que o maior inimigo das boas ideias atualmente é o excesso de propostas medianas que inundam o mercado, em busca de aprovação rápida. Ela argumenta que isso gera um ambiente de superficialidade, prejudicando ideias verdadeiramente inovadoras que necessitam de tempo e coragem para serem compreendidas e executadas com qualidade.
Uma jornada inspirada na sensibilidade
Ao refletir sobre sua trajetória pessoal e profissional, Monica compartilhou como a timidez inicial foi vencida pelo acolhimento de mentores que souberam escutá-la profundamente. Seu amor pela literatura desde a infância, diz ela, foi crucial para desenvolver essa conexão com a criatividade, guiando seu compromisso em inspirar e provocar transformações por meio da arte.
O desafio de ser uma ponte
Mônica define seu papel como o de uma “tradutora” ou “ponte”. Ela entende que criadores e executivos muitas vezes “falam línguas diferentes”, mesmo usando o mesmo idioma. Sua função é exatamente fazer essa tradução: levar a lógica do negócio ao criador para fortalecer o projeto e, ao mesmo tempo, comunicar a paixão da ideia para a estrutura corporativa, garantindo que todos remem na mesma direção.
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