A balança do mercado fonográfico nunca tendeu muito para o lado dos artistas independentes. Mesmo com a chegada das plataformas streamings, que dividem opiniões, o modelo de negócios que depende de sucessos virais, não é pra todos. Então, quando aparece um novo espaço para artistas podem viver de suas criações e uma base de fãs fiéis, isso é motivo de empolgação.
Esse “novo palco” é a web3, com muitas novas possibilidades para criar, exibir, vender e principalmente ser dono de sua própria arte. Web3 é o termo que define a terceira fase da internet e tudo que usa a tecnologia blockchain. Isso engloba NFT, Metaversos, DAO e muito mais. Sua arte, suas regras!
E se você ouviu falar por aí que os NFTs estão mortos, esqueça esses boatos!
Um exemplo bem vivo e próximo é o projeto CryptoRastas, que já existe há quase 2 anos, e acabou de lançar no último fim de semana seu selo musical em NFTs. O “drop” da primeira música/NFT “Welcome the Crypto”, de Digitaldubs e Dada Yute, gerou em 3 dias 3.17 ETH, o que corresponde a cerca de R$27 mil na cotação de hoje. Só para termos de comparação, para arredar essa quantia com streaming no Spotify, seriam necessários por volta de 4 milhões de plays no Brasil. Isso se artista tiver 100% dos royalties do fonograma e não tiver que dividir com gravadoras, produtores, etc.
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Em valores absolutos, essa quantia pode não parecer algo tão grande, mas a música/NFT foi lançada em tiragem limitada de 100 cópias e até o momento 60% foi vendido (o drop continua aberto até sexta 3 de fevereiro, 18h20 em app.manifold.xyz/c/cryptorastasmusic). O mesmo CryptoRastas, em 2021, lançou uma coleção com 10.420 NFTs e teve mais de R$12 milhões em volume de transações. Fato curioso: entres os compradores das artes de “avatares pixeladas” estão colecionadores ilustres, como a cantora Preta Gil, a banda Planet Hemp, e o icônico rapper Snoop Dogg.
Nesta nova fase do mercado, o mais importante é a comunidade.
O selo de NFTs musicais do CryptoRastas não se coloca como uma forma de investimento, especulação, nem como token de utilidades. A base de tudo é o colecionismo:
“Quando se compra um vinil raro, não é apenas pela música. É também por elementos imateriais que o envolvem, como sua raridade, sua data de lançamento, a arte da capa, se é original. A ideia do selo de NFTs é trazer este prazer de se colecionar música para o meio digital. Se por um lado o streaming nos dá acesso a uma infinidade de músicas pra escutar num estalo de dedos, por outro, se perde aquela sensação de possuir realmente um disco, e poder mostrar/comunicar pros amigos as coisas que realmente gostamos.”, diz Marcus MPC, criador do CryptoRastas e dj/produtor musical por trás do Digitaldubs.
Esses colecionadores são mais do que simples fãs, eles seriam o que os marketeiros chamariam de super-fãs, mas no caso da web3 eles são uma comunidade. A forma de troca entre os artistas e a comunidade (e os membros entre si) é muito diferente do que ocorre nas redes sociais da “web2”. Ter um NFT do artista que você gosta cria um laço direto através da tecnologia blockchain.
Daquele valor mencionado arrecadado pelo selo, 50% já foi doado de volta para uma carteira coletiva da comunidade, e os membros vão decidir o que fazer com esses fundos, fazendo propostas e votando na DAO (Decentralized Autonomous Organization) do CryptoRastas.
Os próximos lançamentos do selo prometem, pois grandes artistas são parceiros do projeto como os veteranos Ranking Joe e Cedric Myton e os indicados ao Grammy: Jesse Royal, Etana e Kabaka Pyramid.
Para saber mais sobre o projeto e selo, siga o Twitter do CryptoRastas: https://twitter.com/cryptorastas