A maior parte dos amantes da velocidade, já se imaginou um dia sentado no cockpit de um carro de Fórmula 1. É sensacional imaginar quantas histórias e sonhos a F1 carrega, e finalmente alguém traduziu um pouco dessa adrenalina para as telas do cinema. “F1 – O Filme” chega às telonas brasileiras em 26 de Junho, mas o Kolmeia teve a oportunidade de assistir e assim como quem acompanha o esporte, estamos diante de uma baita experiência.

Roteiro reimagina temporada real, com dramas e conflitos ficcionais
Estrelado por Brad Pitt, Javier Bardem, Kerry Condon e Damson Idris, o filme se propõe a entrar no universo dos esportes de velocidade, como nenhuma outra produção fez igual: Nas pistas. Dirigido por Joseph Kosinski, hipervalorizado por tudo que fez nos seus últimos lançamentos, incluindo “Top Gun: Maverick” filme protagonizado por Tom Cruise, consegue tratar dos dramas de seus personagens, com uma direção alucinante, e tornar isso tudo bem coerente.

“F1” mergulha nos bastidores ficcionais de uma temporada de Fórmula 1, bem ao estilo “Drive to Survivor”, série de sucesso da Netflix que trata dos bastidores das temporadas da categoria, para contar a história de uma equipe que precisa vencer para sobreviver. O roteiro reimagina a temporada de 2023, com a desesperada Apex GP correndo ao lado de Red Bulls, Ferraris, Willians, Aston Martins, e por aí vai. Tudo isso de forma coesa e nos colocando no lugar de plateia, pilotos, chefes de equipe até de mecânicos.
Personagens principais são dois extremos da carreira de um piloto
O personagem principal, vivido por Pitt, Sonny Haynes, divide a tela com um jovem e talentoso ator, que é Idris, interpretando Joshua Pearce. Haynes, é um piloto experiente, mas fracassado, e Pearce, um jovem piloto promissor tentando o protagonismo em uma equipe completamente desesperada. Um mote perfeito, que poderia tirar totalmente o foco do esporte, e começar a focar no duelo fora das pistas, mas o próprio Kosinski e Ehren Kruger, roteiristas do longa, cuidam de aliar a frenética disputa às classificações, bandeiras vermelhas e incidentes habituais de um GP da categoria. Tudo isso, muito bem construído. Cada personagem com suas motivações para reagirem diante de um cenário extremamente competitivo e traiçoeiro. Por um minuto, parecemos ver Lewis Hamilton em Joshua Pearce e Fernando Alonso em Sonny Haynes.
Elenco seguro e completamente afinado com a proposta do filme
A Fórmula 1 é exaltada, mas também, destrinchada. Desde os simuladores utilizados pelo pilotos, até o desenvolvimento trabalhoso e minucioso de carros, até os conselheiros e diretores como abutres em torno de resultados favoráveis ou não, “F1” preenche a tela de curvas e retas, mas também de muita emoção. Bardem, como Ruben Cervantes, dono da Apex GP, segue bem em um papel que parece aliviar toda a complexidade de outros personagens da sua carreira, como um líder nato e confiante.

Condon, a diretora técnica da equipe, Kate, é um pilar de sustentação entre os dois personagens principais. Idris é um jovem piloto que se preocupa tanto com as pistas quanto com a sua reputação, e a chance de continuar na Fórmula 1, ainda que em outra equipe. Já Pitt, entrega uma atuação marcante, como um experiente piloto, e sem ser canastrão, resolve problemas e precisa estar em qualquer pista do mundo, para sentir que dá sentido à própria vida. Impossível não lembra de Ayrton Senna, quando ele fala desse sentimento. Os dois acabam se equalizando ao longo do tempo, e construindo uma relação leal e comprometida.
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Filme já nasceu grande e se prova maior ainda depois da sua exibição
“F1 – O Filme” não é uma grata surpresa, por que sabíamos o nível de produção, mas ainda assim surpreende por ter uma história envolvente e claramente voltada para os fãs. Tanto de cinema de qualidade, quanto do esporte. O longa tem participação na produção executiva de Brad Pitt e de Lewis Hamilton, esse último, não só corre como divide uma curiosa cena com Pearce em dado momento do filme. Bem dirigido, com uma excelente trilha instrumental desenvolvida por ninguém menos que Hans Zimmer, que complementa as cenas eletrizantes que o filme entrega com as suas trilhas épicas e progressistas, nos catapultando para dentro das pistas e prendendo as nossas respirações por um tempo menor que de um pit stop de Grande Prêmio.

Sobretudo, “F1” consegue reproduzir a mesma mágica do esporte
Ver Monza, Silverstone, Montreal, Las Vegas… nos coloca nos bastidores ficcional de uma das competições que mais atrai plateias em lugares diferentes do mundo! E fazendo o mais importante, emocionando. Um épico de velocidade que nos faz, não deixar de lado clássicos que até ameaçaram colocar carros nas pistas, mas não com a excelência que “F1” teve de contar um pouco de história e de deixar múltiplas interpretações de porque a categoria significa tanto para críticos, cinéfilos ou apenas torcedores!
“F1 – O Filme” estreia dia 26 de Junho, nos cinemas do Brasil.
