King the Land (ou Sorriso Real, como foi traduzido pela Netflix) é uma daquelas obras que deixa um buraco enorme no peito. Não faz nem uma semana que o último episódio foi exibido no streaming e já estamos sofrendo de saudade desse que é não só a melhor comédia romântica do ano, como talvez da década!
A chave pro sucesso é uma história simples com um casal de protagonistas extremamente carismáticos que transmitem uma química que transborda das telas. Somamos isso a um elenco de apoio super cativante e temos King the Land nos entregando tudo que amamos num drama do gênero.
Somos envolvidos rapidamente pelo sorriso de Cheon Sa Rang, aqui interpretada pela já queridinha Im Yoon Ah, integrante do gigantesco e histórico grupo de k-pop Girls’ Generation. Apesar de já fazer dramas desde 2007, é notável o desenvolvimento na atuação de Yoon Ah. Ela está simplesmente perfeita no papel de Sa Rang!
Do outro lado temos o mimado e ranzinza Gu Won, interpretado também por um rostinho já bem conhecido: Lee Jun Ho, integrante do grupo de k-pop 2PM.
É nítido que um dos segredos para a química de milhões entre os dois vem de uma amizade de longa data, uma vez que seus grupos sempre foram muito próximos, ainda que não estejam sob gestão da mesma empresa. Os dois estão tão confortáveis em tela, que o público chegou a especular se eles não estariam namorando na vida real — o que, infelizmente, já foi oficialmente negado por ambas as agências.
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Falando um pouco do roteiro, temos aqui o velho clichê da funcionária de origem humilde que acaba despertando o melhor no CEO rabugento (já vimos essa mesma dinâmica em vários outros dramas como A Business Proposal e Strong Woman Kang Nam Soon, que inclusive deixo de sugestão para os órfãos de King the Land).
Um clichê para todos que amam clichês
A diferença aqui é que King the Land parece ao mesmo tempo nos entregar todos os clichês que amamos ao mesmo tempo que foge de todos aqueles que odiamos. Temos finalmente um casal maduro, que conversa sobre os seus problemas e enfrentam juntos as adversidades que poderiam separá-los.
Toda a história se desenrola na ambição de Gu Won em se tornar o presidente do Hotel King, onde Sa Rang trabalha já há quase uma década e é reconhecida como a melhor funcionária do lugar. Ela é promovida ao cargo mais alto que alguém poderia chegar no atendimento: o King the Land (ou Terra King). Um espaço dedicado apenas aos, que aqui chamam de, VVIP — pessoas de enorme prestígio que merecem um atendimento ainda mais dedicado e exclusivo oferecido por um hotel já dito de luxo.
O treinamento do Hotel King tem como o sorriso sua principal arma. Mas Gu Won odeia sorrisos falsos e está determinado a acabar com esse costume no lugar. Mas é claro que como todo bom clichê, vemos o rapaz se apaixonar pelo sorriso de Sa Rang e ver tudo ao seu redor (e até ele mesmo!) ser transformado pela simplicidade com que ela enxerga o mundo.
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Não são só os protagonistas que são apaixonantes!
O elenco de apoio conta com as melhores amigas de Sa Rang: Oh Pyung Hwa (Go Won Hee) e Kang Da Eul (Kim Ga Eun) que roubam a cena sempre que aparecem! Ambas também trabalham em empresas do grupo King e nos divertem compartilhando os perrengues enfrentados no dia a dia.
Mas o grupo dos seis amigos (apelido carinhoso dado pelos personagens) não estaria completo sem o Sr. No (Ahn Se Ha), secretário e melhor amigo de Gu Won e Lee Ro Woon (Kim Jae Won), comissário de bordo, colega de trabalho e interesse amoroso de Pyung Hwa.
King the Land certamente será lembrado durante muito tempo com muito carinho como o queridinho da dramaland. Este é certamente uma maratona obrigatória até mesmo para aqueles que nunca se aventuraram no mundo das novelas coreanas.