No universo das séries brasileiras, a ficção frequentemente ilumina realidades urgentes. Em “Estranho Amor”, criada por Ingrid Zavarezzi, e produção seriada de Sony, Record e Visom Digital, que aborda com profundidade e sensibilidade o tema da violência doméstica, havia um momento de respiro entre tantas histórias difíceis: Priscila, personagem interpretada pela atriz Fernanda Dias.
A personagem era a única mulher da trama que não vivia às margens do feminicídio, a violência escancarada, e conquistava sua independência financeira através da venda de lingeries — uma renda que, ao longo da história, se tornava sua principal fonte de sustento.
O que poucos imaginavam é que aquela máxima de que “a vida imita a arte”, nunca está tão longe de acontecer… Alguns anos depois, a vida de Dias se encontraria novamente com o tema da autonomia econômica, novamente com mulheres no cerne de toda a questão, só que dessa vez, além da ficção.
Da personagem para o impacto real: quando a arte aponta um caminho
Hoje, Fernanda Dias não está diante das câmeras. E também não está sozinha. Ela está no Espaço Mulher+Empreendedora, localizado na comunidade do PPG, e também na Casa Mulher+ Manguinhos, localizada na Comunidade de Manguinhos. Além desses locais, elas viajam por diversos municípios do estado. Sempre junto à equipe 100% feminina da Superintendência de Autonomia Econômica (SUPAUT – conheça mais AQUI) Fernanda e essas mulheres, levam conhecimento, formação e ferramentas para que outras mulheres busquem independência e novas oportunidades.

Se antes, Dias interpretava uma mulher que encontrava liberdade através do próprio negócio, ainda que seu marido, longe de ser abusivo, era um defensor do papel do homem como provedor, agora Dias participa diretamente de ações que levam esse mesmo conceito para o dia a dia de outras mulheres fluminenses.
Por meio de mentorias, cursos, rodas formativas e encontros presenciais, a equipe e ela percorrem o estado disseminando informações que transformam vidas de verdade. Com campanhas e ações afirmativas, mudar a vida de mulheres que assim como sua personagem, Priscila, viu uma maneira de crescer e fazer algo relevante de forma independente, virou carro chefe da sua trajetória.
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Políticas públicas que aproximam o poder da autonomia
O trabalho desenvolvido por Fernanda faz parte de uma política pública ampla da Secretaria de Estado da Mulher, comandada pela Secretária de Estado Heloisa Aguiar, com coordenação da Superintendência de Autonomia Econômica, liderada por Marcele Porto.
A missão é clara e contínua: garantir que mulheres tenham condições reais de conquistar autonomia financeira, social e emocional, rompendo ciclos que alimentam a dependência e a violência doméstica. Com o aumento nos índices de feminicídio, o trabalho da Secretaria se torna ainda mais essencial.
Com o apoio da equipe técnica — composta exclusivamente por mulheres — a SUPAUT tem alcançado territórios rurais, urbanos, periféricos e quilombolas, levando capacitação onde muitas vezes o poder público nunca havia chegado.

Nesse cenário, a trajetória de Fernanda ganha uma força simbólica especial. A atriz que um dia interpretou a autonomia econômica na ficção hoje participa ativamente da sua promoção na vida real. E vai além, contribuindo para uma ação do Estado, em prol de uma parcela da população que carece de múltiplas maneiras de colocar as suas ideias em prática.
“Da ficção para as políticas de afirmação”: um ciclo que inspira
Para Fernanda, sua vivência como Priscila se tornou uma semente que floresceu anos depois em forma de propósito. “Hoje, eu me sinto devolvendo ao mundo — através do serviço público — a mesma mensagem que a Priscila me fez representar: autonomia econômica salva vidas”. E o faz ao lado de uma equipe de mulheres comprometidas em fortalecer outras mulheres, em todos os cantos do estado.

“Essa é a primeira Secretaria de Estado voltada inteiramente para a mulher. Uma secretaria que trabalha para a mulher e para mostrar que não existe liberdade completa sem autonomia econômica, sem dinheiro no bolso”, afirma Dias.
O olhar da Kolmeia
O Kolmeia enxerga na trajetória de Fernanda Dias um encontro raro entre arte, propósito e política pública: Uma mulher que, da ficção, encontrou uma missão real — e hoje ajuda a transformar histórias de outras mulheres.
Da autonomia das telinhas para a autonomia na vida real. De Priscila para Fernanda. Da narrativa ficcional para milhares de histórias verdadeiras que começam a mudar agora — dentro do PPG, da Casa de Manguinhos, nas estradas do estado e nos espaços onde a SUPAUT chega com sua força feminina e transformadora.








