NFT.Rio realiza a sua segunda edição apresentando obras inéditas

Em sua segunda edição, o NFT.Rio é um dos três festivais que se juntam ao Festival Multiplicidade para uma ocupação até 26 de novembro no Futuros – Arte e Tecnologia, junto com Ultrasonidos e os coletivos 2050 + Studio Krya, com apoio do Oi Futuro e patrocínio da Oi, do Governo do Estado do Rio de Janeiro e da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa. Tudo de graça.

Comandado por Marcus MPC, do Digitaldubs, o NFT.Rio chega à sua segunda edição entre os dias 15 e 19 de novembro se consolidando como um evento internacional dedicado à arte e à cultura do NFT. A programação do festival inclui exposições, performances, encontro de comunidades, talk shows e workshops.

“Estamos incentivando artistas dos meios tradicionais a utilizar os NFTs como uma ferramenta criativa, muito além de olhar para isso somente como mais uma possibilidade de monetização. Também queremos conectar ainda mais as cenas brasileira e carioca com a cena global. Fazer um evento como esse, presencial, expondo lado a lado artistas internacionais e nacionais, consagrados e emergentes, traz luz para o que fazemos por aqui”, avalia Marcus MPC.

Entre os destaques da exposição principal do NFT.Rio, aberta até 26 de novembro, há a colaboração de algumas das maiores coleções de arte digital do mundo, como The Medici Collection, do misterioso Cozomo de Medici, cuja identidade já foi atribuída ao músico Snoop Dogg (com obras de Refik Anadol e Beeple), Vincent Van Dough (com Jake Fried e Omentejovem), ArtBlocks (a principal plataforma de projetos de arte generativa) e muito mais.

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Para criar essa programação, Marcus lançou mão das grandes coleções de parceiros e realizou duas chamadas abertas:

“Uma utilizando a ferramenta Prophouse, que possibilitou a que a comunidade fizesse propostas e votassem para criar a programação, e a outra foi uma colaboração com a galeria Super Chief de Nova York, que é a primeira galeria física de NFTs, convocando artistas de toda América do Sul”, conta ele.

E se em 2022 o NFT.Rio apresentou a nova cena artística que se formava, a segunda edição vai exibir um panorama de quem está se destacando atualmente no mercado e mostrar as inovações tecnológicas que vêm se afirmando como tendências para o futuro próximo. Os talks, em um formato diferente do que tradicionalmente se vê em conferências do meio, vão além de questões técnicas, abordando temas como arte, criatividade, memes, mercado, inteligência artificial, usos da blockchain, com abordagens mais culturais e filosóficas.

Refik Anadol, Marina Abramovic e Sebastião Salgado estão na mostra

Um dos destaques é o novíssimo trabalho Winds of Yawanawa, de Refik Anadol (celebrado artista turco, radicado nos Estados Unidos) e o povo Yawanawa: uma representação visual abstrata da Amazônia, que usa dados da floresta, analisados em tempo real por sistemas de inteligência artificial, para criar imagens de partículas em movimento. Anadol vendeu recentemente uma obra para o MoMA (NY), o primeiro NFT adquirido pela instituição para fazer parte de sua coleção permanente.

“Estamos muito felizes com a seleção final. Ficou muito diversa, em todos os sentidos, com artistas de muitos lugares, estilos, mídias… Vamos apresentar ao público do Multiplicidade um panorama bem amplo desse movimento, com pintura, ilustração, fotografia, arte generativa, arte conceitual, pop, IA… Além dos bate-papos. Chegou a hora de desmistificar muito do que se fala sobre NFTs por aí!”, exulta Marcus.

O NFT.Rio também possui uma coleção própria de obras que inclui grandes nomes da arte contemporânea que vem experimentando com NFTs. Entre eles, Marina Abramovic, Takashi Murakami, Yue Minjun e Sebastião Salgado, com a série “Amazônia”, que já foi tema de uma grande exposição do Museu do Amanhã.

Inéditas no NFT.Rio

Projetos inéditos terão destaque na programação, como a série “Hip Hop & Fotografia & NFTs”, que reúne fotógrafos como o influente Brian Cross (conhecido pelo projeto “Mochila” e autor de cliques de J Dilla, Notorious B.I.G., Fugees, Snoop Dog, entre outros); o jornalista Matias Maxx, que fez cliques históricos de Sabotage, Mr. Catra, Marcelo D2, BNegão, Gustavo Black Alien e Valeska Popozuda; Naio Rezende, com um clique de Djonga, e Yan Carpenter, com expoentes da nova geração do hip hop mundial.

Conhecido pelo seu trabalho fotográfico como Cartiê Bressão nas redes sociais, Pedro Garcia apresenta no NFT.Rio o projeto “Carnavais Artificiais“. Nesta elogiada série, o artista mescla fotografias reais com a sua imaginação, que abastece a inteligência artificial do MidJourney. O que se vê são imagens distópicas com um pé na realidade da maior festa popular carioca, unindo passado, presente e futuro. Apesar das cenas nunca terem realmente acontecido, trazem toda a potência da celebração popular. Como um desdobramento natural da sua produção, Pedro Garcia lança edições desta série em versões colecionáveis com o NFT.Rio.

Talk shows imperdíveis

Ao todo, dez talk shows foram pensados para desmistificar o universo do NFT para o público em geral. Basta entrar no térreo do Futuros – Arte e Tecnologia, onde serão realizados os encontros. Na quarta, dia 15, das 14h às 15h, o Marcus MPC fará um talk de abertura, reunindo os curadores dos outros festivais interligados sob o guarda-chuva do Multiplicidade.

Ainda na sexta, das 16h às 17h, será a vez do papo “Importância dos eventos IRL na construção de comunidades digitais”, com Marcos Affonseca e Daoglas, mediado por Cris Lopes. Das 17h às 18h30, Ivana Bentes e Guta Nascimento conversarão sobre “Cultura Digital & Web3”, com mediação de Domi Valansi.

A programação de quinta, dia 16, começa com Bruno Natal sobre “Indústria Criativa e Tecnologia”, apresentado das 14h às 14h50 por Nathan Valadares. Das 15h às 16h10, o Marcus MPC apresentará o talk “Fotografia & NFTs”, com Yan como convidado principal. E o talk “Macroeconomia e Crise Econômica Global” será realizado das 16h30 às 17h30 pela Casta Cripto.

Quando chegar a sexta, dia 17, Paula Martini vai apresentar o talk “Autonomia ou Controle Digital”, das 15h às 16h10, seguido por Anapuaca Tupinambá apresentado por Clélio da Pauta no talk “Tecnologias Ancestrais” e por Caio Vicentino falando sobre “Mercado Cripto e NFTs”. Os talk shows de sábado ainda estão sendo definidos.

Curadoria aberta e coletiva

Além da curadoria tradicional, o NFT.Rio abre o processo para qualquer pessoa participar do processo curatorial de forma disruptiva, usando a tecnologia blockchain e criando sua própria DAO (organização autônoma descentralizada).

Público e artistas que adquirirem os NFTs dessa DAO terão direito a votar e a fazer propostas de projetos a serem exibidos. Mais informações sobre a distribuição e venda desses NFTs já estão nas redes sociais e no site do NFT.Rio.

PROGRAMAÇÃO

Até 26 de novembro – Exposição NFT.Rio (Galeria 1)

A exposição internacional NFT.Rio, fixa de 8 a 26 de novembro, contará com a colaboração de algumas das maiores coleções de arte digital do mundo, como The Medici Collection, do misterioso Cozomo de Medici, cuja identidade já foi atribuída ao músico Snoop Dogg (com obras de Refik Anadol e Beeple), Vincent Van Dough (com Jake Fried e Omentejovem), ArtBlocks (a principal plataforma de projetos de arte generativa) e mais. O NFT.Rio vai exibir também o novíssimo trabalho “Winds of Yawanawa”, de Refik Anadol e o povo Yawanawa: uma representação visual abstrata da Amazônia, que usa dados da floresta, analisados em tempo real por sistemas de inteligência artificial, para criar imagens de partículas em movimento. De sua coleção própria, o NFT.Rio traz Marina Abramovic, Takashi Murakami, Yue Minjun e Sebastião Salgado, com a série “Amazônia”, que já foi tema de uma grande exposição do Museu do Amanhã.

De 15 a 19 de novembro

O NFT.Rio é um evento internacional dedicado à arte e à cultura do NFT. Em sua segunda edição, vai exibir um panorama de quem está se destacando na cena global. Além das exposições, vão acontecer talk shows, performances, encontro de comunidades e workshops. Será lançada a série “Hip Hop & Fotografia & NFTs”, que reúne fotógrafos como o influente Brian Cross (conhecido pelo projeto “Mochila” e autor de cliques de J Dilla, Notorious B.I.G., Fugees, Snoop Dog, entre outros) e Salemm, mais conhecida como Fotogracria, nascida na Rocinha e uma das grandes revelações da nova geração. O fotógrafo Pedro Garcia lançará em NFT seu projeto Carnavais Artificiais (que reimagina cenas de carnavais impossíveis com uso de inteligência artificial). O artista/programador Carlos Vamoss fará uma performance de “live coding”, criando na frente do público, e com interferência dele, uma obra toda criada com códigos de programação.

Sobre o Futuros – Arte e Tecnologia

Inaugurado há 18 anos com a proposta de democratizar o acesso a experiências de arte, ciência e tecnologia, o centro cultural Futuros – Arte e Tecnologia tem a Oi como fundadora e principal mantenedora. Em abril de 2023, sob a chancela do Oi Futuro, o equipamento cultural se abriu a novos parceiros: EY, Eletrobras Furnas e BMA Advogados são os primeiros patrocinadores anunciados pela instituição.

Com programação diversa que aposta na convergência entre arte contemporânea, ciência e tecnologia, Futuros recebe cerca de 100 mil visitantes por ano. O espaço abriga galerias de arte, um teatro multiuso, um bistrô e o Musehum – Museu das Comunicações e Humanidades, que detém um acervo de mais de 130 mil peças históricas sobre as comunicações no Brasil. O Musehum promove experiências imersivas e interativas que convidam a refletir sobre o impacto das tecnologias nas relações humanas.

As galerias do centro cultural já foram ocupadas por expoentes internacionais de diversas vertentes, como Andy Warhol, Nam June Paik, Tony Oursler, Jean-Luc Godard, Pierre et Gilles, David Lachapelle, Chantal Akerman; e brasileiros como Luiz Zerbini, Rosângela Rennó, Daniel Senise, Lenora de Barros, Iran do Espírito Santo, Arthur Omar, Marcos Chaves e outros. Nas artes cênicas, o espaço foi palco de espetáculos inéditos e premiados de Felipe Hirsh, Gerald Thomas, Enrique Diaz, Antonio Abujamra, Denise Stoklos, Victor Garcia Peralta, Aderbal Freire, João Fonseca e outros.

Com quase duas décadas de trajetória, Futuros – Arte e Tecnologia também sediou diversos eventos de destaque na cena cultural carioca, incluindo Festival do Rio, Panorama de Dança, FIL, Multiplicidade, Novas Frequências e Tempo Festival, sendo os três últimos especialmente concebidos para a instituição.