O primeiro “Sorria” foi uma grata surpresa, pois fui assistir esperando mais um horror genérico, com uma história fraca e pautado em sustos. No entanto, Parker Finn me surpreendeu com uma história interessante e uma construção de narrativa que, embora não muito original – digo isso pelo excelente “Corrente do Mal”, que possui uma mecânica de maldição semelhante –, apresenta algo maneiro de se assistir. Ademais, o final, com efeitos práticos e design da criatura, me fez gostar ainda mais do filme.
Sorria para uma boa continuação
Parker Finn assina novamente o roteiro e a direção, mas desta vez coloca no centro da maldição uma diva pop. Estrelado por Naomi Scott, de “Aladdin” e “As Panteras”, em “Sorria” ela dá vida a Skye Riley, uma cantora que tenta retomar a carreira após um ano caótico em sua vida pessoal. Uma vez que já estamos familiarizados com as regras da maldição de “Sorria”, o filme foca em aprofundar a personagem. É interessante como as coisas que a personagem vê podem ser facilmente confundidas como uma recaída, já que a personagem passou por problemas com drogas. Com isso, o filme brinca com a ideia de que ninguém vai acreditar na sua história.
Pop e horror
Esse é o segundo filme de terror do ano que assisto cujo tema gira em torno do mundo das divas pop. O primeiro foi Armadilha de M. Night Shyamalan. Vejo esse movimento como natural. Apesar de não ser um grande conhecedor desse tema, reconheço que minha bolha já foi furada diversas vezes por acontecimentos relacionados ao mundo da música pop. Então, é natural que o cinema de horror também abra espaço para inserir o fantástico e recontar essas histórias. Os abusos e cobranças desumanas que essas pessoas passam também são uma forma de horror, e ver isso na tela em alguns momentos dava mais medo que a própria criatura.
Sorria para uma bilheteria de sucesso
O final de semana de estreia de “Sorria 2” está sendo um completo sucesso. O longa lidera as bilheterias e segue superando expectativas. Abordar o tema de cantoras pop se mostra também um excelente atrativo para a formação de novos públicos para o horror. Outro aspecto importante ao olhar essa bilheteria é que isso mostra para a indústria que o horror ainda é um gênero relevante e tem potencial de sucesso. Isso ajuda não só filmes de grandes orçamentos, mas também abre espaço para produções independentes e de menores orçamentos.
Assista abaixo o nosso programa Noite de Terror com analise do filme.
Vocês acham que o terror acabou? confira mais vídeos assustadores nosso quadro Noite do Terror no canal do YouTube do Kolmeia.