Body Horror: Em Alta no Cinema e na TV
O body horror está em alta! O filme “A Substância” vem fazendo sucesso de público e crítica, ao apresentar uma história na qual uma apresentadora (Demi Moore) é demitida por conta de sua idade. Ela então opta por entrar em um programa de aprimoramento corporal que traz consequências terríveis. Outro lançamento no gênero é a adaptação do mangá “Uzumaki” em formato de série animada, que estreou na Max e conta a história de uma cidade assolada pela obsessão por espirais. E sim, os corpos dos moradores sofrem alterações por conta dessas espirais.
Ainda não consegui conferir “A Substância”, no entanto, fiquei bastante curioso e animado com a repercussão. Além disso, isso trouxe à tona um subgênero que gosto bastante no terror: o body horror. Por outro lado, “Uzumaki” sou suspeito para falar, pois foi meu primeiro contato com Junji Ito, o mangaká mais influente no horror. O primeiro episódio da série é muito fiel à obra original, sendo cada página adaptada com perfeição. Ademais, indo de encontro ao tema, assistir aos corpos se moverem e se modificarem, o que antes eram só imagens estáticas, nos faz remexer na cadeira.
O Que é Body Horror?
Body horror, ou horror corporal, é um subgênero que se concentra nas transformações ou mutilações do corpo. Todo o estranhamento dessas mudanças é explorado a fundo, ao ponto de causar desconforto em quem está assistindo.
Origens do Body Horror
Apesar de ter ganhado mais destaque em filmes dos anos 70 e 80, podemos notar que já na literatura o tema era explorado. Por exemplo, Mary Shelley concebeu uma história na qual o horror está em uma criatura criada a partir de partes de outros corpos mortos e de tamanho desproporcional. Além disso, a forma como é descrito o doutor Frankenstein costurando partes de corpos mortos ainda hoje mexe com as pessoas; portanto, imagine o impacto na época.
David Cronenberg: O Pai do Gênero
Falar de body horror é falar sobre David Cronenberg, um dos pioneiros do subgênero. Suas principais obras abordam o tema de forma brilhante. Os clássicos cult “Scanners” (1981) e “Videodrome” (1983) são excelentes exemplos para entender o tema, e seu filme mais conhecido, “A Mosca” (1986), mostrou ao grande público como a modificação corporal de forma brutal pode levar ao horror.
Reflexão Social no Body Horror
Muitos filmes de body horror também servem como críticas sociais, abordando temas como a obsessão pela perfeição física e os avanços científicos descontrolados. Eu gosto muito quando o horror gráfico é utilizado para um propósito de reflexão.
Assista abaixo o nosso programa Noite de Terror com analise do filme.
Vocês acham que o terror acabou? confira mais vídeos assustadores nosso quadro Noite do Terror no canal do YouTube do Kolmeia.