De volta ao UCM, mas o que aconteceu mesmo
Antes de falar do filme Capitão América: Admirável Mundo Novo, lembro-me de um conselho que recebi no início do mestrado: a quantidade de artigos e livros que você lê aumenta seu repertório e, assim, facilita tanto a escrita quanto a percepção de quando uma ideia já foi utilizada antes ou se vale a pena continuar.
Prometo que isso fará sentido no último parágrafo, mas vamos à análise. O longa Capitão América: Admirável Mundo Novo é simplesmente o 34º episódio do UCM, o 10º da saga do Multiverso e o 4º da fase 5. Como redator, roteirista e produtor, digo que, para manter a atenção da audiência e a fanbase engajada, ter uma história forte é algo fundamental, uma vez que, graças à própria Marvel, efeitos especiais, brigas e explosões não impressionam mais ninguém.
Capitão América: Admirável Mundo Novo e um Enredo de 17 anos de história
Dito isso, a história do filme funciona como uma expansão da série do Disney Plus – Falcão e o Soldado Invernal, cujo arco começou em Vingadores: Ultimato e, pasmem, tem elementos de O Incrível Hulk de 2008. E aqui nasce o primeiro tropeço do filme, afinal, para conectar fatos que aconteceram há mais de 17 anos, obriga que o espectador tenha assistido, recentemente, todos os filmes citados para que chegue no cinema e tenha uma boa experiência logo de cara. Do contrário, vai ficar se perguntando o que está acontecendo ou de onde vem tal personagem.
Elenco e Atuações
Sam Wilson (Anthony Mackie – Capitão América), Harrison Ford (Presidente Thaddeus Ross), Danny Ramirez (Joaquin Torres) compõem o núcleo principal da trama, acompanhados de Shira Haas (Ruth Bat-Seraph), Carl Lumbly (Isaiah Bradley), Giancarlo Esposito (Sidewinder) e Tim Blake Nelson (Samuel Sterns). Sinceramente, não tenho muito o que comentar sobre os atores e suas interpretações, pois ficou claro que eles fizeram o que estava ao alcance deles para que esse trabalho não fosse um completo desastre. Também não sei se consigo criticar o time de efeitos especiais ou a direção do filme pelos mesmos motivos.
Roteiro e falta de Surpresas
Para ser sincero, o roteiro é o maior vilão do filme. Como disse lá no primeiro parágrafo, depois que você assiste uma certa quantidade de filmes, o roteiro precisa ser muito bom para te surpreender e, ao mesmo tempo, você consegue reconhecer algumas ideias requentadas. Dito isso, quem assistiu filmes como Sob o Domínio do Mal (The Manchurian Candidate – 2004) vai ter uma sensação de “Vale a Pena Ver de Novo” na hora. E, ainda que você não tenha assistido a esse filme, dentro do próprio UCM, os mesmos elementos já tinham sido usados, principalmente em Capitão América: Soldado Invernal.
Últimas palavras
Portanto, Capitão América: Admirável Mundo Novo funciona mais como um grande “Vem aí” do que um “A Marvel voltou!”.