Era uma vez, quando pisei na CCXP pela 1° vez
Sempre ouvi dizer que a CCXP era “o maior evento de cultura pop do mundo”. Escutando essa frase repetidamente ano após ano, era fácil se interessar. Eu via as fotos, vídeos, cosplays, os estandes gigantescos… e, mesmo assim, quase como uma teimosia me pegava pensando: “O que tem de tão especial assim?”.

Por muito tempo participei de eventos menores em diferentes nichos, coberturas relevantes, mas nada comparável a isso. No entanto, a ideia de mergulhar na CCXP sempre esbarrou em duas barreiras: a financeira e a sensação de que “não era pra mim”. Parecia um universo distante, feito para pessoas mais envolvidas, mais fãs, mais dedicadas do que eu.
A magnitude que te consome como o Vecna
A primeira coisa que senti foi choque. Não um susto, mas aquele tipo de impacto que faz você parar por dois segundos e absorver. A CCXP é enorme. Para se ter uma noção, os espaços que eu costumava frequentar eram um quarto, talvez metade daquele mundo que se abriu ali na minha frente.

Vale a observação de que não sei como foram os eventos anteriores, mas me refiro evidente a este em que pude participar e ainda tenho muito a aproveitar.
É um evento que não só existe, ele pulsa. As luzes, os sons, as estruturas épicas das empresas, as ativações… tudo te faz perceber que você está entrando em um lugar onde a cultura pop está longe de ser mero entretenimento, trata-se de uma identidade coletiva.
Sensação de comunidade (não como em Pluribus)
E aqui entra o ponto que mais mexeu comigo.
Tecnologia, novidades, ativações extremamente interessantes. Tudo isso estava lá e de maneira extremamente imersiva. No entanto, por incrível que pareça, nada disso se comparou (ao menos pra mim) ao impacto de ver milhares de pessoas vivendo sua paixão com autenticidade, sem medo, sem vergonha, sem julgamentos.
Gente que ama séries, filmes, games, quadrinhos; gente que encontrou ali um espaço para ser quem quiser, quem imagina, quem admira. Cosplays dos artesanais aos mais rebuscados. Tudo! Para ilustrar, creio que o mais perto que vi disso foi quando cobri o PerifaCon e notei esse sentimento de pertencimento. Contudo, na Comic Con a escala aumenta e novamente: é impossível não se conectar.

Portanto, essa liberdade, esse direito de ser, foi o que mais saltou os olhos. O sentimento de “preciso voltar mais vezes” foi uma constante a cada espaço que eu visitava.
Vou sonhar com esse dia (contanto que o Pennywise não apareça)
Em conclusão, ao fim do dia fiquei feliz em rever amigos queridos e extremamente contente em saber que pude ver de perto o que é CCXP. Agora tudo faz sentido. Foi essa combinação de conexão humana, entusiasmo coletivo e descoberta pessoal que tornou minha primeira experiência tão especial.
Um dia que marcou, surpreendeu e me mostrou a importância do “pertencer”. Bom, agora é desfrutar dos evento nos próximos dias e, estou convencido, também estarei presente nos próximos anos.







