Historicamente, os negros fizeram parte ativamente dos movimentos culturais. O mesmo acontece na indústria do entretenimento, tanto nacional, quanto global. Ainda sim, nós afrodescendentes, fomos um dos povos que mais sofreu violência desde o início do comércio de escravos iniciado e institucionalizado pelos navegantes portugueses.
Dessa forma, a escravidão, que já existia desde antes do império romano, tornou-se um comércio altamente lucrativo, transformando pessoas em mercadoria. Como se não bastasse, com apoio de pessoas interpretaram convenientemente algumas passagens da Bíblia, os povos africanos, foram todos reduzidos a um único grupo, condenados e sentenciados a serem escravos para salvar suas almas, para um Deus e religião que eles se quer conheciam.
Nós negros vivemos um pesadelo que parece não ter fim
Mesmo com o fim da escravidão, o racismo e o conceito de superioridade racial imposta por povos europeus e posteriormente copiados por elites nas Américas, fez com que os descendentes sofressem dentro de um sistema que tira as oportunidades, nos impedem de sonhar e recentemente de ter um dia tranquilo.
Com isso, somos obrigados a saber que no Brasil a cada 23 min um negro morre. Embora sejamos 54% da população, nós pouco aparecemos nem na mídia tradicional, tampouco nas mídias digitais. Se acaso duvida, abra a seção explorar do Instagram e conte quantos negros você verá? Ou melhor, procure paginas que escolhem pessoas bonitas e veja.
No entanto, olhe nos noticiário e veja quantas vezes você irá ouvir ” Morre um jovem…” e veja qual a cor dele. Foi assim com a Ágatha, foi assim com João Pedro e eu espero que não seja eu ou alguém da minha família amanhã.
Por essa razão, o Kolmeia hoje não fará atividades. Afinal, vidas negras importam e se puder, ajude-nos a não virar estatística.