“E, assim, convencera-se de que, se precisava comer, ao menos ia tornando o mundo um lugar melhor.”
Fome é um livro nacional que nos conta a história de Izadora e Arthur, dois personagens bem diferentes, mas que acabam se encontrando por circunstâncias da vida e, assim, descobrindo que ambos têm feridas bem graves do seu passado.
Entretanto, não espere uma história de amor! Esse livro é, principalmente, sobre fome de justiça, traumas, violência, corrupção e limites: até que ponto uma determinada atitude é considerada justificável? Os fins justificam os meios? E se você dependesse de uma coisa ruim para sobreviver?
A fome de Izadora e a luta por justiça
Izadora, ou Izzy, é uma mulher aparentemente jovem, mas que já passou por muita coisa. Ela precisou forjar sua morte, mudar de aparência e de identidade para conseguir seguir em frente. Atualmente, faz estágio na promotoria e não só acompanha todos os julgamentos no tribunal, como estuda todos os casos a fundo.
Tal dedicação, no entanto, não é para aprender. Izzy não suporta ver homens culpados por crimes horríveis sendo considerados inocentes pelo júri. Por esse motivo, decide fazer justiça com as próprias mãos. Sem contar que ela precisa se alimentar… Será, então, uma fome por justiça?
“Quando o réu era julgado, Izzy já havia decidido quanto à sua inocência, ou culpabilidade, bastava esperar que a sentença ratificasse o seu pré-julgamento.”
Por outro lado, Izzy não tem só frieza dentro de si. Isto fica bem claro quando conhece Arthur, um jovem juiz que mexe muito com ela, mas precisa afastá-lo. Afinal, ela é obrigada a seguir uma dieta um tanto quanto peculiar, por isso não pode ficar muito próxima e criar laços. Ninguém entenderia.
Arthur: jovem, bonito, juiz e… criminoso?
O passado de Arthur o atormenta tanto que quem vê o belo e justo juiz não imagina a pessoa traumatizada que há por dentro. Também é surpreendente o que ele faz às vezes para tentar afastar a dor que sente todos os dias.
“Finalmente ele conseguiria dormir sem pensar em Bê, na sua mãe, na Malu e, agora, em Izadora também. Eram tantos fantasmas o atormentando e ele estava exausto. Exausto de ser assombrado.”
Um advogado charlatão conhecido por conseguir libertar os piores criminosos, Dr. Canavarro, acaba cruzando as histórias de Izzy e Arthur. Quando a mulher decide virar estagiária dele para que possa tirá-lo do caminho de vez, descobre que Arthur já foi cliente deste advogado corrupto.
A dúvida sobre qual crime aquele homem, até então tão íntegro, já havia cometido para precisar de Dr. Canavarro, passa a ser um novo suspense na trama.
Sobre o livro e sua autora
Fome é, sem dúvidas, um livro visceral que estimula os mais diversos sentimentos nos leitores. O mistério é muito bem construído do início ao fim, é impossível parar de ler até descobrir todos os segredos que vão permeando os personagens.
Entretanto, não é um livro fácil, é para quem gosta de histórias fortes. Apesar de ter uma história de amor em certo ponto, isto nem de longe é o ponto central da trama. Os traumas, a narrativa sobre os crimes e o que os personagens fazem para alcançar seus objetivos, são coisas pesadas.
A obra tem pouco mais de 200 páginas, a leitura é super fluida e merece o destaque. Iza Artagão construiu tão bem este thriller que até lhe rendeu o III Prêmio ABERST (Associação Brasileira dos Escritores de Romance Policial Suspense e Terror), como autora revelação.
No entanto, o livro ainda não pôde ser publicado. Ele está em financiamento coletivo no catarse (só clicar neste link) e faltam poucos dias para que a meta de 60% seja alcançada. Por isso, fica aqui o apelo: com uma quantia bem módica você não só ajuda a divulgar uma autora nacional como também permite que um livro tão inovador seja finalmente lançado. E ele merece demais! Vamos ajudar?
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