Viúva Negra finalmente está entre nós. O longa protagonizado por Scarlett Johansson foi um dos mais aguardados pelos fãs da Marvel desde o início de seu universo.
Sendo uma das primeiras personagens introduzidas no MCU, o desejo da aventura solo da personagem sempre foi algo comentado entre os fãs.
Dirigido por Cate Shortland, o longa já tardio, passou por alguns atrasos por conta da pandemia, porém essa semana estreou no cinema e já está disponível no Premier Access do Disney Plus.
A jornada das Viúvas
A história segue Natasha Romanoff sendo uma foragida do governo após os eventos de Capitão América: Guerra Civil. O papel da Viúva Negra no MCU sempre foi cercado de mistérios, mesmo com algumas pistas sendo jogadas ao espectador nos filmes em que a heroína participa, o plano de fundo da personagem nunca foi o foco.
Porém, enquanto a personagem se mantém distante dos Vingadores, acaba se reencontrando com sua irmã Yelena Belova (Florence Pugh) que revela que o programa Sala Vermelha em que as duas foram treinadas não foi destruído como a Natasha acreditava.
Sendo assim, as duas decidem se unir para derrubar o programa que as transformou em assassinas.
Uma família um tanto disfuncional
Dessa forma as duas seguem pistas para encontrar a Sala Vermelha que as levam até Melina Vostokoff (Rachel Weisz) e Alexei Shostakov(David Harbour), que em uma missão haviam passado por seus pais.
A relação disfuncional da pseudo-família de espiões foi o ponto alto do longa, a química dos atores funciona muito bem, tanto na parte cômica e na transição para o drama.
David Harbour está ótimo como Alexei que acaba sendo o alívio cômico do longa, e na minha singela opinião funcionou bem demais. Afinal, pôr um supersoldado nessa posição enquanto as espiãs tomam as rédeas da ação mais séria foi uma sacada muito boa.
Scarlett como sempre está ótima como Romanoff, seu melhor momento como a espiã foi em Vingadores Ultimato, e aqui a personagem traz uma nova camada a personagem. Aliás, a entrega dela é algo gratificante de assistir.
Porém quem rouba a cena mesmo é a Florence Pugh, o carisma da atriz chama atenção desde sua primeira cena, e é impossível não se interessar por sua personagem. Sinceramente, estou ansioso para ver o que ela nos mostrará como Yelena no futuro.
Quem destoa dos outros é a Rachel Weisz, que mesmo que seja tenha uma parte essencial, acaba ficando para trás com o carisma de seus companheiros.
Potenciais desperdiçados
Ainda assim, nem tudo são flores, o Treinador vilão conhecido por copiar movimentos de quem observa, acaba sendo um tanto decepcionante, a espera para ver os estilos de luta dos Vingadores em tela acaba sendo fracassada.
Porém, mesmo que a revelação da identidade do personagem funcione bem, nenhuma cena com o inimigo é memorável.
Além disso, o filme traz assuntos muito importantes, como o tráfico e abuso de mulheres rondando todo o enredo, mas infelizmente são abordados de forma superficial.
O que faz uma mensagem inegavelmente importante ficando de lado mais uma vez.
Um timing questionável
A despedida de Johansson é bem emocionante, mas não pelo filme em si, e sim pelo apego à personagem.
A verdade é que Viúva Negra foi lançado muito tarde, o longa praticamente deu pontapé na fase 4 da Marvel, mas é um filme que claramente deveria ter sido feito na fase 2.
Ou até mesmo poderia ter sido lançado na época em que se passa, entre Guerra Civil e Guerra Infinita, assim o peso do final fatídico da personagem em Vingadores Ultimato teria sido muito maior.
Fico pensando que talvez se tivesse estreado em 2020 após Ultimato ele não teria o valor que tem.
O saldo é positivo
Contudo, mesmo com todas essas questões acredito que Viúva Negra ainda seja um bom filme.
As cenas de ação são muito boas e tem momentos bem inspirados, toda coreografia é muito bem realizada. Em especial a primeira cena da Natasha com a Yelena, e a última da queda livre que já apareceu nos trailers.
Mesmo que seja um filme atrasado, e arranhe superficialmente assuntos que poderiam trazer uma ótima discussão, Viúva Negra tem o saldo positivo, é um bom blockbuster e a diversão é certa.
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