“Sweets to the sweet“
Você com certeza pelo menos já ouviu falar sobre a lenda urbana do homem com um gancho no lugar da mão direita, que quando invocado aparece para matar, certo? Esse é Candyman, que já foi retratado das mais diversas formas: conto, filmes, livro… Agora está disponível em uma nova adaptação para os cinemas, produzida por ninguém menos que Jordan Peele.
Nós do kolmeia já assistimos ao filme a convite da Universal e viemos trazer a crítica – sem spoilers! – pra vocês. Confira a seguir!
“A Lenda de Candyman” como você nunca viu
Reza a lenda que se alguém disser cinco vezes “Candyman” em frente a um espelho, um homem com um gancho no lugar da mão direita aparece e mata quem o invocou.
De todas as adaptações já feitas sobre a famosa lenda, que vão de filmes a livros, a mais famosa até então era a versão cinematográfica de 1992. Estrelado por Tony Todd, o filme conta a história da estudante Helen Lyle (Virginia Madsen), que, ao investigar mortes estranhas que aconteceram no complexo de Cabrini-Green, acaba se vendo em um beco sem saída e provavelmente sem volta.
Nova versão retoma a história e respeita o clássico
Agora a história se passa nos dias atuais, anos depois de o complexo Cabrini-Green ter sido demolido. Anthony McCoy (Yahya Abdul-Mateen II) vive com a esposa, Brianna Cartwright (Teyonah Parris), em um dos apartamentos de luxo construídos no local. Eles levam uma vida confortável.
Anthony é um artista plástico que está sofrendo de bloqueio criativo, até ter contato com a história sobre Candyman. Ele decide pesquisar melhor e fica obcecado em retratar em suas telas coisas relacionadas à lenda. A partir de então, sua vida toma rumos que nenhum de nós poderia imaginar!
Foi importante fazer uma breve introdução acima sobre o filme da década de 90 porque Jordan Peele foi genial ao trazer nesta versão muitas referências e a continuação de alguns personagens. Eu vibrei ao ver essa retomada da história, ao invés de ser algo totalmente do zero.
Veja bem, as histórias são independentes! No filme deste ano tudo é muito bem explicado. No entanto, se você assistir ao filme anterior, eu GARANTO que muitas peças se encaixarão melhor e você terá muitas surpresas, várias delas de explodir a cabeça!
Produção e direção impecáveis entregam uma obra incrível
Foi uma experiência de tirar o fôlego ver a quantidade de recursos utilizados. Tanto na retomada da história de Helen Lyle quanto na descoberta sobre o passado e os mistérios que passam a envolver Anthony. Palmas para Jordan e Nia DaCosta!
Não ficam pontas soltas! Toda a história é contada de uma forma um tanto lúdica, mesmo em meio ao terror e ao estilo slasher, que já acontecia nas versões anteriores e se mantém presente nesta. Não é um terror psicológico, e isso me surpreendeu, se tratando do produtor.
Além disso tudo, foi levantada uma discussão muito importante sobre racismo, diferença de classes e como a luta racial permeou a lenda de Candyman ao longo dos anos, desde o primeiro relato envolvendo o nome.
Tudo isso, somado a muitos plot twists e referências magníficas à história anterior, me fizeram ficar literalmente de queixo caído, e no final do filme minha vontade foi de gritar no cinema, tamanha a genialidade. Os fãs do gênero não vão se arrepender!!!
E por fim, o trailer:
Acredito que esteja mais do que recomendado, né? E lembre-se: apesar de serem histórias independentes, para uma melhor experiência, por favor, assista à versão de 1992 antes. Está disponível na rede Telecine e é bem rapidinho de ver. Você vai entender a razão da minha insistência (e me agradecer) depois!
Fica mais uma vez o agradecimento à Universal pelo convite e pela atenção!
E, claro, não deixe de nos dizer aí nos comentários suas expectativas para o filme e o que acharam, caso já tenham visto! Até breve 😉
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