Fazendo o caminho contrário, o filme vira livro, e o resultado é uma obra brilhante!
Se você nunca viu ou ouviu falar sobre o filme “O Labirinto do Fauno” mas gosta de histórias que envolvem drama, fantasia e ao mesmo tempo temas pesados, então precisa conhecer a saga de Ofélia narrada no livro.
E não se engane achando que a história de Ofélia, apesar de envolver criaturas mágicas, é um conto de fadas, porque não é!
O filme de Guillermo del Toro é um sucesso de crítica e ganhou em 2019 uma produção literária, trazida para o Brasil pela Editora Intrínseca. Se você já acha o filme perfeito e teme não gostar do livro por isso, eu garanto que nele você encontra tudo o que já conhece do filme e muita coisa a mais! Agora te convido a saber mais sobre esta adaptação!
A dura realidade de Ofélia em O Labirinto do Fauno
O cenário é a Espanha de 1944, ainda sofrendo os resquícios da Guerra Civil Espanhola. Havia recessão, controle de alimentos e mantimentos pelo Exército, motins de rebeldes e tudo o que um momento pós-guerra pode apresentar.
Com o intuito de salvar a si mesma, ao filho que carrega na barriga e à sua filha Ofélia, Carmen Cardoso, uma jovem viúva, casa-se com o Capitão Vidal, um homem frio e agressivo.
Ofélia não confia em seu padrasto nem gosta de sua nova casa. Entretanto, encontra refúgio no mundo dos livros, na amizade que faz com Mercedes, a governanta da casa, e no mundo encantado que logo se apresentaria a ela.
“Um livro? Não! É muito melhor.’
Ofélia não a relembrou de que, para ela, não existia nada melhor que um livro. Eles podiam ser janelas e portas, asas de papel para ajudá-la a voar para bem longe.”
Fantasia ou realidade?
Certo dia uma fada se apresenta a Ofélia e insiste para que a menina a siga até o labirinto que ficava na propriedade. Logo que chega ao local, Ofélia conhece o Fauno, que revela à criança que na verdade ela é a reencarnação de Moanna, a princesa do Mundo Subterrâneo.
Os pais de Moanna ficaram devastados quando ela desapareceu, e a procuraram durante muitos e muitos anos. Ofélia fica empolgada com a ideia de ser a princesa desaparecida; entretanto, o Fauno diz que ela deverá cumprir três tarefas para provar ser merecedora de voltar a ocupar seu lugar.
As tarefas demandam coragem e muita ousadia de Ofélia, que as encara com toda a garra que possui. Talvez usasse a péssima realidade em que vivia como motivação, tirando forças de cada decepção para ir em busca de uma vida melhor. Fica aí uma lição para todos nós.
“Às vezes é necessário ver o que sentimos para entender melhor nossos sentimentos.”
A que conclusão chegamos
O livro apresenta alguns detalhes a mais sobre o mundo subterrâneo e sobre os personagens ligados a ele em trechos à parte. Tais detalhes explicam fatos que aconteceram muito antes de Ofélia existir. Desse modo, em certo momento tudo se conecta de forma natural e genial.
Talvez o mais interessante nessa história seja o questionamento sobre existirem outros mundos ou se tudo não passa da imaginação fértil de uma criança criativa que passou por muitas dificuldades.
Por mais que esta última hipótese seja mais realista, eu sou entusiasta da fantasia e prefiro acreditar que Ofélia pode sim encontrar uma nova realidade e ser finalmente feliz.
“É verdade: são poucos e raros os que sabem para onde olhar e o que escutar. Mas, assim como nas melhores histórias, são esses que fazem a diferença.”
Sobre o livro e sua autora, Cornelia Funke
O próprio Guillermo del Toro pediu à Cornelia Funke que fizesse uma adaptação literária sobre seu filme. Entretanto, desde o início Guillermo disse que gostaria que Cornelia fosse além da transcrição exata do filme. Obviamente ela ficou insegura, mas aceitou o desafio.
Este é um daqueles livros que vale muito a pena ter na coleção. Afinal, além de sabermos mais detalhes, como já dito mais acima, ele é lindo por dentro e por fora. Além disso, é incrementado com ilustrações simplesmente perfeitas.
Além de ser autora desta adaptação de sucesso, Cornelia é também é responsável pela trilogia Mundo de Tinta, cujo primeiro volume deu origem ao filme Coração de Tinta, e pela série Reckeless, ambos sucessos de público e crítica.
Agora quero saber de vocês: gostam do filme? Já leram ou têm vontade de ler a adaptação? Prometo que não vão se arrepender!
Por favor, nos deem sua opinião aqui nos comentários ou nas nossas redes sociais! Até a próxima 😉
Vejam também: O Colecionador | Um clássico que divide opiniões e se mantém atual e Bônus #01 Drops de Notícias! | Kolmeia Talk podcast