Diretamente dos quadrinhos da premiada cartunista Laerte Coutinho para as telas: o super-herói Overman vai virar filme sob a direção de Tomás Portella (“Impuros”, “Lá Situación” e “Operações Especiais”), e produção de Iafa Britz e Carolina Castro, da Migdal Filmes. Protagonizado por Caco Ciocler, o longa-metragem começou a ser rodado no Rio. No filme, Overman está sem propósito e com a vida desorganizada emocional e financeiramente. Até que recebe, do Governador (Otávio Muller), uma proposta de trabalho na Secretaria de Segurança Pública, porém, nosso super-herói logo percebe que o novo emprego é mais desafiador do que imaginava.
Overman é um super-herói brasileiro, desempregado e propenso aos vícios, que se vira para sobreviver aos desafios que todo brasileiro enfrenta. Na nova produção nacional, ele está vivendo uma crise pessoal quando começa a trabalhar com Pâmela (Karina Ramil), a Mulher Cachorro. A heroína acaba roubando a cena, é reconhecida por sua competência e vira a queridinha do público. Overman então sente a perda do protagonismo e tem de enfrentar a sua masculinidade tóxica. Enquanto se desdobra para proteger a cidade e vencer seu próprio ego, ele acaba descobrindo os segredos obscuros do Governador.
O diretor Tomás Portella revela um dos grandes desafios do filme: “Temos um personagem dos anos 90 e precisamos atualizar o discurso e o humor para os tempos atuais. E, para transformar uma tirinha em um longa-metragem, é preciso dar uma tridimensionalidade para os personagens e ter uma coerência afetiva nas histórias. As tirinhas por si só são um recorte, mas, neste projeto, temos o objetivo de desenvolver o filme e deixá-lo crescer de maneira fluida, sem transformá-lo em esquetes”, finaliza.
“O Overman é over neurótico, over perseguido, over vulnerável, over inseguro e revestido de masculinidade tóxica. A escolha pelo Caco não é óbvia, a princípio, pois ele é um homem no avesso, sensível e consciente do seu papel político. Essa dicotomia traz um olhar interessante para a construção da cena, que já é provocativa pelo próprio texto genial”, reflete a produtora Iafa Britz, produtora do filme e sócia da Migdal Filmes, sobre a escolha do protagonista. “O Overman, esse anti-herói que a Laerte construiu, e que o Tomás está lapidando e revisitando, expõe todas as fragilidades do personagem com muito humor e ironia”.
“O filme mistura humor ácido, clichês, cores, efeitos. Celebramos a trajetória grandiosa da Laerte, essa cartunista que traz sempre contrapontos do que está acomodado. Traz reflexões sobre gente. É deste lugar, de quebra de zona de conforto, de crítica com entretenimento, que queremos fazer”, completa Britz.
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Criado pela quadrinista Laerte Coutinho em 1998, Overman ficou popularmente conhecido pelas tirinhas publicadas no jornal Folha de São Paulo. A artista paulistana considera que Overman não conhece os próprios limites, chegando até mesmo a ser “over”, por isso, Overman. A construção da narrativa revela-se uma sátira dentro do universo dos super-heróis, em que Laerte constrói comicamente todo o egocentrismo e a vaidade do personagem, que se esconde por trás de uma fantasia e uma máscara, itens que ele nunca tira.
Além de Caco Ciocler e Karina Ramil, o elenco reúne nomes como Otávio Muller, Victor Lamoglia, Raphael Logam, Maria Lucas, Marina Provenzzano, Caio Riscado, Isabele Riccart e Saulo Arcoverde. “Overman” é uma produção da Migdal Filmes em coprodução com a Star Original Productions, FSA e RioFilme, órgão que integra a Secretaria de Cultura da Prefeitura do Rio, e distribuição da Star Distribution.
Sinopse:
Overman, um super-herói brasileiro, busca desesperadamente encontrar um propósito em meio à realidade estressante da burocracia, dívidas e crises existenciais. Quando lhe é oferecido um emprego na Secretaria de Segurança Pública pelo Governador, ele vê uma oportunidade de reerguer-se, mas logo descobre que as coisas são mais complicadas do que parecem. Ao trabalhar ao lado de Pâmela, sua fiel parceira, que começa a ganhar reconhecimento igual ao dele, Overman confronta sua masculinidade tóxica e descobre segredos obscuros envolvendo o Governador. Agora, ele precisa confrontar seus demônios internos e um inimigo antigo para evitar que a cidade caia no caos irreversível. Seu objetivo final é conseguir farrear com tranquilidade nas noites de sexta-feira.
Elenco:
Caco Ciocler (Overman)
Otávio Muller (Governador)
Karina Ramil (Pâmela, a Mulher Cachorro)
Victor Lamoglia (Ésquilo)
Raphael Logam (Dr. Lights)
Marina Provenzzano (Pane)
Maria Lucas (Poline Pilsen)
Caio Riscado (Maníaco Flatulento)
Isabele Riccart (Alexandra)
Saulo Arcoverde (Passador de Trote)
Ficha Técnica:
Baseado na obra “Overman”, de Laerte Coutinho
Direção: Tomás Portella
Produção: Iafa Britz e Carolina Castro
Roteiro: Arnaldo Branco, Leandro Soares e Tomás Portella
Direção de Fotografia: André Modugno
Direção de Arte: Claudio Amaral Peixoto
Figurino: Reka Koves
Caracterização: Mariah de Freitas
Produção de Elenco: Ciça Castello
Produtor Executivo: Mauro Pizzo
Produtor Delegado: Marcelo Guerra
Produção: Migdal Filmes
Co-produção: Star Original Productions, FSA e RioFilme
Distribuição: Star Original Productions
Sobre a produtora Migdal Filmes:
Produtora carioca que já levou aos cinemas mais de 40 milhões de pessoas, tendo produzido dezenas de filmes e séries na última década. Em seu portfólio, estão os filmes da trilogia “Minha Mãe É Uma Peça” (2013, 2016 e 2019), fenômeno de público e crítica, cuja terceira parte alcançou o posto de filme mais lucrativo da história do cinema nacional; o drama premiado “Casa Grande”; as comédias “Linda de Morrer” e “Carlinhos e Carlão”; o aclamado documentário musical “Cássia Eller”; o recorde de bilheteria “Nosso Lar”; a biografia cinematográfica “Irmã Dulce”; “M-8 – Quando a Morte Socorre a Vida”, vencedor de vários prêmios nacionais; e o recente “As Polacas”, que será lançado em 2024. Produziu para a TV as três temporadas da série “As Canalhas” (GNT); as cinco temporadas de “220 Volts” (Multishow) e a primeira temporada de “Matches” (Warner). No line up de 2023/2024, grandes projetos estão em produção, entre eles a série “Body by Beth”, os longas “7 a 1”, de Pedro Amorim, “Geni e o Zepelim”, de Anna Muylaert.
Sobre a RioFilme
Fundada em 1992 para apoiar a produção e distribuição de cinema na cidade do Rio de Janeiro, a RIOFILME é uma empresa pública municipal que tem como missão promover o desenvolvimento da indústria audiovisual carioca, levando em conta seus impactos econômicos e sociais na cidade. Entre suas atividades, além do fomento ao audiovisual carioca, estão a democratização do acesso às salas de cinema e a expansão do parque exibidor, o fomento às atividades da cadeia produtiva do setor, a formação de público e o suporte a produtores do Brasil e do mundo que querem filmar no Rio de Janeiro.