Verónica Valenttino venceu o prêmio de Melhor Atriz por “Brenda Lee e o Palácio das Princesas”. Em sua 33ª edição, o Prêmio Shell, o mais importante do teatro brasileiro, entregou nada menos do que cinco estatuetas para espetáculos que estão na programação deste ano do Festival de Curitiba.
De maneira inédita, a cerimônia, que aconteceu na noite de terça-feira, 21, contemplou conjuntamente Rio e São Paulo, cada estado com seu júri e uma lista própria de vencedores.
Com os votos de São Paulo, Verónica Valenttino venceu a categoria de Melhor Atriz, por “Brenda Lee e o Palácio das Princesas”, musical que conta a história da travesti que lutou pelos direitos LGBTQIA+ durante a epidemia de aids nos anos 1980. Foi a primeira vez que o Prêmio Shell laureou uma intérprete transexual.
A distinção de Melhor Dramaturgia foi para Dione Carlos, que assina o texto de “Cárcere ou Porque as Mulheres Viram Búfalos”. O espetáculo também levou o galardão de Melhor Música, para os compositores Alisson Amador, Amanda Abá, Denise Oliveira e Jennifer Cardoso.
Pelo Júri do Rio de Janeiro, a consagrada Vera Holtz venceu como Melhor Atriz, por sua atuação em “Ficções”, baseada no livro “Sapiens – Uma Breve História da Humanidade”, de Yuval Noah Harari.
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Já “Enquanto Você Voava, Eu Criava Raízes” venceu Melhor Cenografia, para André Curti e Artur Luanda Ribeiro.
A peça “Sem Palavras”, que esteve em cartaz no Festival de Curitiba em 2022, também levou uma estatueta: o prêmio de Melhor Dramaturgia, escolhida pelo Júri de São Paulo. O texto é assinado por Marcio Abreu e Nadja Naira. O elenco conta com a atriz curitibana Giovana Soar, que atualmente faz parte do trio de curadores do Festival.
Sobre o Prêmio Shell
Prêmio Shell é um evento cultural patrocinado pela multinacional Shell do Brasil, cujo objetivo é premiar os grandes destaques da música popular brasileira e teatro.
O Prêmio Shell de música foi criado em 1981, foi o primeiro instituído por uma empresa brasileira para a música nacional. Tradicional patrocinadora do Festival de Música Popular Brasileira da década de 1960, a Shell inicialmente concebeu-o para incentivar tanto a música erudita nacional quanto a popular. Atualmente, a grande premiação é voltado apenas para a categoria popular. Um júri composto por cinco personalidades da MPB julga a produção anual, selecionando nomes e avaliando o conjunto da obra dos artistas escolhidos. O prêmio é entregue em mãos num evento musical comemorativo; o premiado recebe uma quantia de R$ 15 mil e um troféu desenhado pelo joalheiro Caio Mourão.
O Prêmio Shell de teatro foi criado em 1988, para contemplar, ano a ano, os artistas e espetáculos de melhor desempenho nas temporadas teatrais do Rio de Janeiro e de São Paulo.